Cannabis Medicinal e psicodélicos
A regulamentação de psicodélicos no Brasil ainda é limitada. A ayahuasca é permitida para uso religioso e, indiretamente, terapêutico, após debates e regulação em 2010 pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD). No entanto, outras substâncias, como a psilocibina, LSD e MDMA, permanecem como substâncias controladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pesquisas sobre o uso terapêutico dessas substâncias estão em andamento, mas o uso clínico ainda não é permitido, embora haja crescente pressão para a regulamentação em tratamentos psiquiátricos.
A escolha entre CBD, THC ou uma combinação de ambos depende da condição do paciente e da resposta esperada. Para doenças como epilepsia, o CBD é frequentemente a primeira escolha. Em casos de dor intensa ou náusea severa, o THC pode ser prescrito. O médico leva em conta o histórico do paciente e os possíveis riscos e benefícios ao denir o tratamento.
Cannabis medicinal refere-se ao uso terapêutico da planta da Cannabis sativa L. ou seus derivados, como o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC). Essas substâncias interagem com o nosso sistema endocanabinoide para e podem ser usadas para uma série de condições médicas como dor crônica, epilepsia e esclerose múltipla.
O sistema endocanabinoide é um complexo biológico do corpo humano formado por receptores (CB1 e CB2), ligantes endógenos (Anandamida e 2-AG), neurotransmissores e enzimas. Ele é responsável pela regulação dos processos siológicos que promovem o equilíbrio (homeostase) do organismo e pode ser encontrado em todos os órgãos do corpo como o cérebro, sistema nervoso central, tecidos, glândulas e células imunológicas. Esses receptores CB1 e CB2, quando ligados aos canabinoides externos como CBD e THC (extraídos da planta cannabis) ou mesmo a canabinoides produzidos pelo próprio corpo humano, conseguem atuar regularizando o apetite, as dores, inamações, metabolismo, qualidade do sono, estresse, humor e memória.
São organizações que trabalham para garantir que pacientes que necessitam de tratamentos com derivados canabinoides, como o óleo de CBD, possam recebê-los de forma segura e acessível. As associações de cannabis no Brasil como a Abrace Esperança, Apepi têm um papel fundamental na luta pelo acesso legal e regulamentado aos medicamentos à base de cannabis. Muitas dessas associações conseguiram autorizações judiciais para o cultivo de cannabis com ns medicinais e realizam todo o processo, desde o plantio até a produção dos medicamentos, distribuindo-os a seus associados. Também atuam no campo da conscientização pública e da defesa de políticas que ampliem o acesso a tratamentos à base de cannabis, pressionando para que o cultivo e a produção sejam legalmente regulamentados em nível nacional.
São substâncias naturais ou sintéticas, capazes de alterar a percepção, o pensamento e as emoções do indivíduo e desencadear estados mentais incomuns frequentemente descritos como uma aparente expansão da consciência.
A cannabis medicinal tem sido indicada para tratar uma ampla gama de condições, incluindo: ● Epilepsia refratária ● Dor crônica ● Esclerose múltipla ● Transtornos de ansiedade e depressão ● Doenças neurodegenerativas (como Alzheimer e Parkinson) ● Transtorno do espectro autista (TEA) ● Náusea e vômito induzidos por quimioterapia
Depende. No caso de formulações com alto teor de canabidiol (CBD) e baixo de tetrahidrocanabinol (THC) normalmente não há interferências. No entanto, conforme a proporção do THC aumenta, dependendo da quantidade ingerida pode haver comprometimento, devendo ser avaliado caso a caso. O ideal é evitar se você está em início de tratamento ou ainda está se adaptando ao medicamento.
Sim. Pacientes podem importar produtos à base de CBD com prescrição médica e autorização da Anvisa. Essa alternativa é usada por muitos pacientes que não conseguem acesso a medicamentos à base de cannabis no Brasil ou que precisam de produtos especícos ainda não disponíveis no mercado nacional. Para mais informações acesse o site: https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-autorizacao-para-importacao-excepcional-de -produtos-a-base-de-canabidiol
São moléculas presentes nas glândulas dos tricomas das plantas de Cannabis e fazem parte do tocomplexo da planta junto com os outros canabinoides, avonóides e terpenos. Já foram identicados mais de 150 canabinoides, mas os mais estudados são o THC e o CBD. O CBD apresenta ação antioxidante, neuroprotetora, anti-inamatória, antipsicótica, ansiolítica, anticonvulsivante, antidepressiva e antitumoral. Já o THC apresenta efeito psicotrópico (levando a euforia ou “barato”), analgésico, antiemético, neuroprotetor e anticancerígeno. O efeito terapêutico dessas moléculas é potencializado quando se utiliza um extrato da planta completa (full spectrum), congurando o chamado efeito comitiva, ou entourage.
Verique as leis locais: Cada país tem regulamentações diferentes sobre cannabis medicinal. Mesmo com prescrição, o transporte pode ser ilegal. Leve documentos médicos: Tenha em mãos a receita médica e, se possível, uma carta do médico explicando o tratamento. Embale adequadamente: Carregue o óleo em sua embalagem original e verique as restrições de transporte de líquidos. Consulte a companhia aérea: Algumas permitem o transporte de medicamentos controlados, mas podem exigir documentação. Para viagem nacional: não é exigido que você leve documentos sobre seus produtos. Porém para evitar qualquer tipo de constrangimento é recomendado que você carregue sua autorização de importação emitida pela Anvisa, caso seus produtos sejam importados. Além disso, se seus produtos foram adquiridos em farmácias ou via associações, indicamos sempre que você carregue sua prescrição médica.
A terapia psicodélica tem ganhado destaque nas últimas décadas como uma alternativa para a solução para diversos problemas de saúde mental. Psicodélicos, como Ayahuasca, LSD, psilocibina e MDMA, são substâncias capazes de alterar a percepção, o pensamento e as emoções do indivíduo, e têm sido usados para tratar doenças como depressão grave, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e dependência química.
Os efeitos colaterais variam conforme o composto utilizado e a dosagem. O CBD tende a ter menos efeitos adversos, sendo bem tolerado pela maioria dos pacientes. Já o THC pode causar sonolência, alterações no humor, aumento da frequência cardíaca e, em altas doses, sensações de ansiedade ou paranoia. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para ajustar o tratamento.
Os dois principais compostos usados em tratamentos médicos são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC). O CBD é amplamente utilizado para tratar epilepsia, ansiedade e dores crônicas. O THC pode ser usado para aliviar dor, estimular o apetite e ajudar em casos de náusea, especialmente em pacientes oncológicos. Atualmente as pesquisas indicam benefícios de outros canabinoides como o canabinol (CBN), o canabigerol (CBG), o ácido tetra-hidrocanabinólico (THCA), dentre muitos outros.
No Brasil, a cannabis medicinal é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde 2015, o órgão autorizou a importação de produtos à base de CBD para tratamento médico, e em 2019 regulamentou a produção e venda de medicamentos com derivados da cannabis em farmácias, sob prescrição médica.
Preferencialmente tome o óleo junto com as refeições, devido a potencialização dos efeitos com a gordura dos alimentos, com isso você garante uma melhor absorção do seu medicamento. Siga semore as instruções que constam na sua receita médica.
De acordo com a decisão do STF (06/2024), o cultivo de até seis plantas fêmeas de cannabis para uso pessoal não deve ser presumido como tráco de drogas. No entanto, essa presunção é relativa, e a polícia pode apreender as plantas se houver indícios de atividade ilícita.